Tutoria Como Ferramenta De Estudo Da Evasão E Permanência Dos Discentes Em Vulnerabilidade Sociocultural

O Brasil tem apresentado nas últimas duas décadas a ampliação no acesso a Instituições de Ensino Superior/IES.[1]A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs, criada em 2001 é pública e gratuita, e desde então é voltada àqueles que tradicionalmente não possuíam condições de ingressar no ensino...

Descripción completa

Autores Principales: Hengles, Aaron, Guimarães, Leticia, Matos, Debora
Formato: Artículo
Idioma: Español
Publicado: Universidad Tecnológica de Panamá 2016
Materias:
Acceso en línea: http://revistas.utp.ac.pa/index.php/clabes/article/view/1342
Sumario: O Brasil tem apresentado nas últimas duas décadas a ampliação no acesso a Instituições de Ensino Superior/IES.[1]A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs, criada em 2001 é pública e gratuita, e desde então é voltada àqueles que tradicionalmente não possuíam condições de ingressar no ensino superior. A instituição percebeu ao longo dos últimos anos, entretanto, as dificuldades cognitivas e o despreparo geral apresentado pelos ingressantes em relação às exigências acadêmicas e que estas poderiam ser razões para o aumento do abandono. A primeira estratégia utilizada para minimizar o problema foi a monitoria acadêmica, a segunda foi a criação de um curso preparatório, compreendendo os conteúdos deficitários da educação básica, sem atingir os objetivos desejados. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, com os acadêmicos ingressantes, a fim de identificar outras possibilidades para sua permanência, verificando-se o desconhecimento do ambiente acadêmico e até mesmo do próprio propósito de ingresso na universidade, decorrente de seu histórico sociocultural. Frente a isso, propôs-se um programa de tutoria com a estratégia professor-tutor e com o objetivo de obter maiores informações quanto às principais razões da evasão desses alunos, inicialmente nos cursos das ciências exatas, mais especificamente com alunos da engenharia de computação nos primeiros semestres de 2015 e 2016. Cada tutor realizou encontros periódicos com seus alunos para oportunizar que o professor tutor e o aluno pudessem conversar, acompanhar o desempenho do aluno no curso e propor novas ações, caso o mesmo apresentasse dificuldades. O projeto também visa uma melhor organização dos estudos por parte do aluno a partir de uma orientação do professor-tutor. A ideia é criar e, sempre que necessário, alterar o programa de estudos do aluno. O professor-tutor também orienta nas disciplinas a serem cursadas no semestre seguinte, conforme o desempenho no semestre corrente. O aluno deverá responder ao tutor quanto a suas ausências nas aulas, pelo cumprimento do programa de ensino e pelos resultados obtidos nas avaliações. Com isso, pretende-se que o aluno direcione esforços mais efetivos para melhorar o seu desempenho no curso. Além disso, a intenção é proporcionar um ambiente acolhedor dentro da universidade. As mudanças percebidas após a implantação do programa de tutoria dividem-se em dois aspectos: a permanência no curso de alunos que seriam candidatos à evasão, por suas características gerais e o professor que passa a entender as questões dos alunos, sendo que os dois apresentam em comum a melhoria das suas relações com a universidade.[1]Localizado através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP [online]. Disponível em: http://www.inep.gov.br